sábado, 27 de março de 2010
Adeus aos 35 anos
Eu não sei quanto a vocês, mas eu tenho bastante apego aos lugares... Passar por aqueles lugares onde aconteceram fatos importantes, pra mim, é bastante significativo. Lembro que quando anunciaram que as cores da fachada do meu prédio iam ser trocadas, eu fiquei bastante chateado, e fui logo tirar fotos, para poder relembrar, algum dia, caso a memória falhe. Pois bem, hoje, 28 de março de 2010, a antiga rodoviária de Campinas será implodida. Foi lá que desembarquei em minha primeira viagem sozinho para outra cidade. Era tão incrível a sensação de chegar lá e saber que eu ia passar um final de semana romântico e divertido. E era muito triste quando meu sogro ia me levar para lá novamente, no domingo a noite, e dava a volta no quarteirão, para me deixar na entrada mais próxima do guichê das passagens para São Paulo. Essa volta não demorava mais do que 3 minutos, mas pelo alto nível de depressão, pareciam várias horas de agonia.
Depois da inauguração da nova rodoviária, a região da antiga Dr. Barbosa de Barros se tornou ainda mais perigosa e se tornou ponto de venda de drogas. Assim, esse é o triste fim de um dos lugares que mais me trazem boas lembranças, e aqui fica o meu adeus.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Começando hoje
Olá! Eu pensei bastante antes de criar mais uma conta de alguma coisa, considerando que não atualizo o fotolog, o livejournal, e tantos outros, mas decidi criar este blog mesmo assim, então, já se acostumem a entrar aqui e encontrar a mesma última postagem...
Bem, começo relatando uma das experiências mais curiosas que tive nos últimos tempos... Nesta segunda-feira, 22 de março de 2010, estava eu lendo Dama das Camélias, no metrô, indo para o trabalho. Nunca volto para casa no meio do dia (entre a faculdade e o trabalho), mas tinha esquecido em casa o meu crachá e as chaves do meu armário, logo não poderia trabalhar. Enfim, voltando ao metrô, em certo momento entrou um senhor com 2 crianças bem pequenas e sentaram próximos a mim. Eu reparei que o senhor me olhava bastante, e eu acabei me dispersando na leitura, e reparei um pouco nas crianças com ele, que estavam brincando bastante. Voltei a ler, quando o senhor me cutucou, e perguntou porque eu lia. Pedi para ele repetir a pergunta pois não havia entendido. Ele perguntou novamente porque eu lia algo que provavelmente não tinha sido eu quem tinha escrito, e muito menos que tratava sobre a minha vida. Eu respondi que era um livro bastante antigo, que era interessante ler algo tão belamente escrito e com uma história tão interessante. Ele fez cara de desinteresse, e disse que existiam poucas coisas interessantes para se ler, que existiam quatro mandamentos muito importantes a se seguir, e depois perguntou se eu era religioso. Disse que não, e ele apertou a minha mão e me parabenizou, dizendo que religião era outra besteira. Fiquei bastante desconcertado e não sabia o que dizer. Ele me perguntou qual era o primeiro homem existente, e eu disse que não tinha idéia. Uma das crianças que estava com ele (devia ter uns 4 anos o menino, e era loiro) pediu para eu agachar e para eu responder que era Adão. Eu o fiz, e o senhor disse que não. Eu disse que tinha sido o que o menino tinha dito, e ele disse ser essa mais uma besteira. Falou ainda que não podia ficar mais, mas que a única coisa que importa na vida, é a sua vida, e não aquilo que os outros viveram ou escreveram. Depois, pegou na mão dos dois meninos, e desceu.
Eu não tenho idéia de quanto essa conversa demorou, mas o senhor parecia tão epifânico com a vida, que eu não consegui tirar aquela cena da cabeça até agora. O que ele pensava sobre literatura realmente é o que menos importa no fato, mas queria muito saber mais sobre aquele senhor...
Bem, começo relatando uma das experiências mais curiosas que tive nos últimos tempos... Nesta segunda-feira, 22 de março de 2010, estava eu lendo Dama das Camélias, no metrô, indo para o trabalho. Nunca volto para casa no meio do dia (entre a faculdade e o trabalho), mas tinha esquecido em casa o meu crachá e as chaves do meu armário, logo não poderia trabalhar. Enfim, voltando ao metrô, em certo momento entrou um senhor com 2 crianças bem pequenas e sentaram próximos a mim. Eu reparei que o senhor me olhava bastante, e eu acabei me dispersando na leitura, e reparei um pouco nas crianças com ele, que estavam brincando bastante. Voltei a ler, quando o senhor me cutucou, e perguntou porque eu lia. Pedi para ele repetir a pergunta pois não havia entendido. Ele perguntou novamente porque eu lia algo que provavelmente não tinha sido eu quem tinha escrito, e muito menos que tratava sobre a minha vida. Eu respondi que era um livro bastante antigo, que era interessante ler algo tão belamente escrito e com uma história tão interessante. Ele fez cara de desinteresse, e disse que existiam poucas coisas interessantes para se ler, que existiam quatro mandamentos muito importantes a se seguir, e depois perguntou se eu era religioso. Disse que não, e ele apertou a minha mão e me parabenizou, dizendo que religião era outra besteira. Fiquei bastante desconcertado e não sabia o que dizer. Ele me perguntou qual era o primeiro homem existente, e eu disse que não tinha idéia. Uma das crianças que estava com ele (devia ter uns 4 anos o menino, e era loiro) pediu para eu agachar e para eu responder que era Adão. Eu o fiz, e o senhor disse que não. Eu disse que tinha sido o que o menino tinha dito, e ele disse ser essa mais uma besteira. Falou ainda que não podia ficar mais, mas que a única coisa que importa na vida, é a sua vida, e não aquilo que os outros viveram ou escreveram. Depois, pegou na mão dos dois meninos, e desceu.
Eu não tenho idéia de quanto essa conversa demorou, mas o senhor parecia tão epifânico com a vida, que eu não consegui tirar aquela cena da cabeça até agora. O que ele pensava sobre literatura realmente é o que menos importa no fato, mas queria muito saber mais sobre aquele senhor...
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