sábado, 8 de maio de 2010

Críticas Número 1


Uma coisa que realmente me deixa irritado é receber crítica de alguém que não entendeu o que está criticando, ou ver alguém recebendo esse tipo de crítica. Comento disso porque hoje li uma crítica dessas, sobre um fanzine do Yo. O Caraminhola é um fanzine inovador, já que não segue os padrões de editoração, possui histórias sem sentido fechado, passível de várias interpretações e tudo mais. Agora, é uma pena que para os críticos, algo inovador seja tão difícil de ser elogiado. Aliás, considero muito pouco o que o suposto crítico escreveu, visto que está baseado APENAS no seu gosto pessoal, e daí não vale.
Outro ponto (ou não) é a inclusão digital, que permite que todo mundo publique aquilo que pense, mesmo sem pensar em nada. Triste né?

sábado, 27 de março de 2010

Adeus aos 35 anos


Eu não sei quanto a vocês, mas eu tenho bastante apego aos lugares... Passar por aqueles lugares onde aconteceram fatos importantes, pra mim, é bastante significativo. Lembro que quando anunciaram que as cores da fachada do meu prédio iam ser trocadas, eu fiquei bastante chateado, e fui logo tirar fotos, para poder relembrar, algum dia, caso a memória falhe. Pois bem, hoje, 28 de março de 2010, a antiga rodoviária de Campinas será implodida. Foi lá que desembarquei em minha primeira viagem sozinho para outra cidade. Era tão incrível a sensação de chegar lá e saber que eu ia passar um final de semana romântico e divertido. E era muito triste quando meu sogro ia me levar para lá novamente, no domingo a noite, e dava a volta no quarteirão, para me deixar na entrada mais próxima do guichê das passagens para São Paulo. Essa volta não demorava mais do que 3 minutos, mas pelo alto nível de depressão, pareciam várias horas de agonia.
Depois da inauguração da nova rodoviária, a região da antiga Dr. Barbosa de Barros se tornou ainda mais perigosa e se tornou ponto de venda de drogas. Assim, esse é o triste fim de um dos lugares que mais me trazem boas lembranças, e aqui fica o meu adeus.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Começando hoje

Olá! Eu pensei bastante antes de criar mais uma conta de alguma coisa, considerando que não atualizo o fotolog, o livejournal, e tantos outros, mas decidi criar este blog mesmo assim, então, já se acostumem a entrar aqui e encontrar a mesma última postagem...
Bem, começo relatando uma das experiências mais curiosas que tive nos últimos tempos... Nesta segunda-feira, 22 de março de 2010, estava eu lendo Dama das Camélias, no metrô, indo para o trabalho. Nunca volto para casa no meio do dia (entre a faculdade e o trabalho), mas tinha esquecido em casa o meu crachá e as chaves do meu armário, logo não poderia trabalhar. Enfim, voltando ao metrô, em certo momento entrou um senhor com 2 crianças bem pequenas e sentaram próximos a mim. Eu reparei que o senhor me olhava bastante, e eu acabei me dispersando na leitura, e reparei um pouco nas crianças com ele, que estavam brincando bastante. Voltei a ler, quando o senhor me cutucou, e perguntou porque eu lia. Pedi para ele repetir a pergunta pois não havia entendido. Ele perguntou novamente porque eu lia algo que provavelmente não tinha sido eu quem tinha escrito, e muito menos que tratava sobre a minha vida. Eu respondi que era um livro bastante antigo, que era interessante ler algo tão belamente escrito e com uma história tão interessante. Ele fez cara de desinteresse, e disse que existiam poucas coisas interessantes para se ler, que existiam quatro mandamentos muito importantes a se seguir, e depois perguntou se eu era religioso. Disse que não, e ele apertou a minha mão e me parabenizou, dizendo que religião era outra besteira. Fiquei bastante desconcertado e não sabia o que dizer. Ele me perguntou qual era o primeiro homem existente, e eu disse que não tinha idéia. Uma das crianças que estava com ele (devia ter uns 4 anos o menino, e era loiro) pediu para eu agachar e para eu responder que era Adão. Eu o fiz, e o senhor disse que não. Eu disse que tinha sido o que o menino tinha dito, e ele disse ser essa mais uma besteira. Falou ainda que não podia ficar mais, mas que a única coisa que importa na vida, é a sua vida, e não aquilo que os outros viveram ou escreveram. Depois, pegou na mão dos dois meninos, e desceu.
Eu não tenho idéia de quanto essa conversa demorou, mas o senhor parecia tão epifânico com a vida, que eu não consegui tirar aquela cena da cabeça até agora. O que ele pensava sobre literatura realmente é o que menos importa no fato, mas queria muito saber mais sobre aquele senhor...